Quão importante é para você a aprovação das pessoas? Quão importante é para você obedecer fielmente a Deus? Às vezes, somos forçados a sacrificar um para ter ou fazer o outro.
A última vez que enfrentou essa escolha, qual escolheu? Sua escolha foi uma anomalia, ou seguiu um padrão de opções anteriores?
Uma boa reputação é uma coisa muito boa – melhor do que prata ou ouro, diz a Bíblia (Provérbios 22: 1). Os apóstolos exigiam que as pessoas aprovassem os sete homens escolhidos que garantiam que as viúvas helenísticas deixassem de ser negligenciadas (Atos 6: 3). Eles exigiam anciãos com boa reputação, tanto dentro como fora da igreja (1 Timóteo 3: 2, 7), bem como das viúvas apoiadas pela igreja (1 Timóteo 5: 9-10). Cornélio (Atos 10:22), Timóteo (Atos 16: 1-2), e Ananias de Damasco (Atos 22:12) são descritos, nas Escrituras, como homens que tinham boa reputação.
Devemos querer que os outros pensem bem de nós por nossa integridade e pela pureza de nossa conduta. Mas é mau querer tanto que os outros pensem bem de nós, que quando pressionados, comprometemos a integridade e a pureza de nossa conduta para o conseguir.
E aqui reside a nossa batalha significativa: é preciso lutar contra o nosso orgulho. Para seguir fielmente Jesus, devemos morrer repetidamente para nossos desejos de aprovação das pessoas para viver para a verdade e obediência a Deus.
Quando bom é muito mau
Considere isto: o mesmo Deus que recomenda uma boa reputação, também faz essa declaração:
” Ai de vocês, quando todos falarem bem de vocês, pois assim os antepassados deles trataram os falsos profetas.” (Lucas 6:26).
O que quis Jesus dizer exatamente? Ele quis dizer o que o Espírito disse através do profeta Jeremias:
“Desde o menor até o maior, todos são gananciosos; profetas e sacerdotes igualmente, todos praticam o engano.
Eles tratam da ferida do meu povo como se não fosse grave. ‘Paz, paz’, dizem, quando não há paz alguma. “(Jeremias 6: 13-14)
No dia de Jeremias – como na nossa – os profetas diziam coisas falsas para ganhar a aprovação das pessoas. Seu objetivo era obter “ganho injusto” – financeiro e, provavelmente, uma ampla gama de outros benefícios. Qualquer coisa que avaliemos como benefício, contamos como ganho (Filipenses 3: 4-8).
O que faz de uma boa reputação uma coisa muito má? Quando uma boa reputação é o resultado de manipular outros para fins egoístas. Foi o que tornou falsos os falsos profetas.
O argumento de Jesus era este: sempre que sacrificamos a verdade por causa da nossa reputação, sempre que sacrificamos a obediência a Deus por causa da aprovação dos outros, estamos fazendo isso por ganhos injustos – para obter algum benefício através da desonestidade. E é uma transação espiritualmente perigosa.
Jesus sabe que enfrentamos essa tentação regularmente. Nosso orgulho pecaminoso é “ganancioso pelo ganho desonesto” de todos os tipos (1 Timóteo 3: 8), e temeroso de perder o que tem. É por isso que Jesus nos adverte que se todos falam bem de nós, é provável que algo esteja errado. Podemos não estar seguindo Jesus com fidelidade. Podemos estar dando maior valor aos benefícios que ganhamos agradando as pessoas, aos benefícios que Jesus nos prometeu.
Quando mau é muito bom
Para nos ajudar a testar o que realmente valorizamos, Jesus justapõe seu desdém por más, boas reputações com sua bênção em boas, más reputações:
“Bem-aventurados serão vocês, quando os odiarem, expulsarem e insultarem, e eliminarem o nome de vocês, como sendo mau, por causa do Filho do homem.
“Regozijem-se nesse dia e saltem de alegria, porque grande é a recompensa de vocês no céu. Pois assim os antepassados deles trataram os profetas.”(Lucas 6: 22-23)
Felizes somos, quando o nosso nome está na lama por causa do amor a Jesus. Isso é um tipo estranho de felicidade. Exatamente. É uma felicidade de outro mundo. Valoriza a promessa da recompensa celestial mais do que os benefícios que ganhamos agradando as pessoas que não amam Jesus.
O que faz uma reputação má, uma coisa muito boa? Quando uma má reputação é resultado da fidelidade à verdade e obediência fiel por amor a Cristo. Foi o que fizeram os verdadeiros profetas.
Amar a promessa de obter a recompensa de Deus mais do que a aprovação das pessoas tem sido a marca do povo de Deus em toda a história. É o testemunho de quase todos listados no “Salão da fama” em Hebreus 11. Foram pessoas que buscaram um país melhor de que os que existem na terra (Hebreus 11:16), que preferiram “ser maltratado com o povo de Deus do que desfrutar os prazeres fugazes do pecado “(Hebreus 11:25), e que” considerou o amor de Cristo maior riqueza do que os tesouros do mundo “(Hebreus 11:26).
Teste-se a si próprio
A reprovação e a bênção são testes. Este é um teste: estamos felizes, mesmo quando nossa reputação é destruída e nossas posições sociais e financeiras pioram, porque escolhemos a verdade (João 14: 6) e demonstramos nosso amor por Ele ao obedecer-Lhe (João 14:15)?
Este é outro teste: já passamos por isso?
Como respondemos a essas questões revela, até certo ponto, o que valorizamos. E se nossas respostas não são o que desejamos que fossem – o que sabemos que Jesus quer para nós – elas podem se tornar, se respondermos em fé, não em condenações, mas convites. Há muitas mais alegrias e alegrias mais profundas a serem obtidas do que o ganho insignificante e vazio que recebemos de cultivar más, boas reputações. Jesus quer dar-nos, e está convidando-nos a receber, a bênção eterna de uma boa, má reputação. Com todo o Seu coração, Ele quer nos dizer: “Alegra-te e salta de alegria, pois eis que a tua recompensa é grande no céu!” (Lucas 6:23)
Artigo original em: https://www.desiringgod.org/articles/the-blessing-of-a-bad-reputation
Deixe uma Resposta