O sonho do Faraó tem sido muitas vezes minha experiência de vigília. Meus dias de preguiça destruíram ruinosamente tudo o que consegui em tempos de zeloso trabalho; minhas estações de frieza congelaram todo o brilho jovial de meus períodos de fervor e entusiasmo; e meus acessos de mundanismo me fizeram retroceder em meus avanços na vida divina.
Eu preciso tomar cuidado com orações magras, louvores magros, deveres magros e experiências magras – pois isso consumirá a gordura do meu conforto e paz. Se negligencio a oração por um tempo curto, perco toda a espiritualidade que havia alcançado. Se eu não obter novos suprimentos do céu, o velho grão em meu celeiro logo será consumido pela fome que assola minha alma. Quando as lagartas da indiferença, as lagartas do mundanismo e as minhocas da auto-indulgência, deixam meu coração completamente desolado e fazem minha alma definhar – toda a minha antiga fecundidade e crescimento na graça – de nada me serve.
Quão ansioso eu deveria estar para não ter dias fracos e doentios, nem horas desfavoráveis! Se todos os dias eu caminhasse em direção à meta de meus desejos, logo alcançaria, mas o retrocesso me deixa ainda longe do prémio de minha alta vocação e me rouba os avanços que eu havia feito com tanto esforço. A única maneira pela qual todos os meus dias podem ser como as “vacas saudáveis e bem alimentadas”, é alimentá-las no prado certo, gastá-las com o Senhor, em Seu serviço, em Sua companhia, em Seu temor e à Sua maneira.
Porque cada ano não deveria ser mais rico do que o passado — em amor, utilidade e alegria? Estar mais perto das colinas celestiais, ter mais experiência com meu Senhor e ser mais semelhante a Ele. Ó Senhor, afasta de mim a maldição da magreza de alma; que eu não tenha que chorar: “Minha magreza, minha magreza, ai de mim!” mas que eu seja bem alimentado e nutrido em Tua casa, para que eu possa louvar o Teu nome!
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